Viagem a Varadero


Como sempre em Janeiro, o neurónio faz uma viagem para fora do país. Este ano não foi excepção. Aqui fica o relato da estadia em "Varadero". Espero que vos ajude, caso estejam a pensar também visitar estas paragens.

Varadero: 12 Jan – 19 Jan

O voo

9h10min de duração na viagem de ida. Felizmente tive sorte com os lugar o que permitiu uma confortável viagem.

O avião era da companhia “White”. O “Check in” foi normal, a viagem correu bem, e a comida era razoável. Nada a apontar.

O Operador

Desta vez o escolhido foi o operador “Solférias” que revelaram ser um bocado fracos. Na chegada ao aeroporto, não havia nenhuma indicação do “stand” deste operador nem ninguém identificado como pertencendo a ele. Após alguma insistência tentando descobrir qual o autocarro para o percurso até hotel, a informação foi obtida através de uma pessoa do operador... “Mundo VIP”.

No dia seguinte, após estar alojado já no Hotel, lá apareceu então a representante da “Solférias”, falando sobre as possibilidades de excursões disponiveis. Forneceu então um panfleto onde, entre outras coisas, vinha o nº de telefone do escritório ao que ela acrescentou com uma caneta, o seu nº pessoal de casa. Isto veio a ser importante no último dia como passarei a explicar.

No último dia da estadia em Varadero, como tínhamos combinado previamente, estáva ás 14h na entrada do hotel para ser transportado para o aeroporto. Uma a uma as restantes pessoas das outras operadoras iam saindo nos suas respectivas camionetas até que ficámos só nós 2... à espera... Eram então 15:30m quando ligámos para os escritórios para saber o que se passava, já que não tinha havido nenhuma explicação para o atraso. Felizmente, no primeiro contacto com a representante deste operador ela anotou um nº com caneta no panfleto. Dizemos felizmente porque embora esse nº por algum motivo não estivesse contactável, permitiu marcar o nº do escritório devido a uns algarismos extra que não estavam no nº impresso do panfleto e que se encontravam no nº escrito “à mão” (alguma espécie de indicativo, suponho).

Do outro lado da linha sou informado que a camioneta “estava quase a chegar”. E efectivamente, e finalmente após quase 2h de espera, lá apareceu então o transporte, e assim se seguiu viagem para o aeroporto.

O Hotel

O hotel escolhido nestas férias foi o “Barceló Solymar” de 5 estrelas. Bem localizado, a apenas 30 min do aeroporto, destaca-se logo à distância pelas suas cores vivas.

Chegado à recepção, não podemos deixar de reparar na decoração original do seu átrio com plantas que descem literalmente do ultimo andar quase até ao andar térreo.

Habituado a um certo nível da cadeia de hoteis “Bahia Príncipe” e “Meliá”, as comparações são inevitáveis. Cuba sofre um embargo o que poderia dar origem a certas “privações”. Mas para um hotel que se quer (e é vendido como um) “5 estrelas”, há certas coisas que não se compreendem:

Má higiene

A limpeza do hotel não é exactamente o ponto forte deste complexo. Chão sujo, baratas que se passeiam nos quartos, e nos restaurantes, toalhas sujas nas mesas (chegando mesmo ao ponto de ao almoço serem as mesmas – sujas – do pequeno almoço), toalhas de rosto / banho / praia já com aspecto muito velho, usadas e rotas. Louça mal lavada também foi uma constante durante a estadia.

Má organização:

A nível de organização os empregados também não são muito eficazes. Repara-se numa “separação” entre clientes que “dão gorjeta” e os que “não dão”, tendo o primeiro grupo melhor e mais rápido acesso a serviços básicos que qualquer cliente deveria ter direito sem ser preciso primeiro pagar uma “taxa extra” para os ter. Pode-se observar muito “mercado paralelo”, descaradamente.

Outro ponto que se pode enquadrar no aspecto de gestão / organização do hotel, tem a ver com o único bar do hotel, que funciona durante 24 horas, estar localizado... em plena recepção do edificio para onde, curiosamente, as portas dos quartos estão viradas. Ou seja, para quem quer ter uma noite sossegada de repouso poderá ter um “ligeiro stress” ouvindo alto e bom som gritos, cânticos, berros e toda a espécie de “animação” vinda desse tal bar.

Quarto

Bastante fraco a nivel de materiais, no que diz respeito ao mobiliário, quando comparado com outras unidades hoteleiras já experimentadas pelo neurónio, o quarto apresenta-se com duas camas separadas... Além da fraca higiene e materiais já referidos pouco mais há a dizer sobre este ponto. Talvez possa só acrescentar que o quarto (assim como o hotel de uma maneira geral) precisa de algumas “invervenções” na sua estrutura, como sejam pequenas obras, pinturas, etc...

Por ex, no WC, na banheira existiam duas portas de correr ao longo da mesma que apresentavam já sérios sinais de deterioração.

Apesar de tudo, um quarto confortável. TV com vários canais, incluindo a RTP-i.

Observações

Para sair do país, temos que pagar uma taxa de 25 pesos / pessoa. Durante a nossa estadia no hotel, esse dinheiro é aplicado como aluguer das toalhas de praia. Essa quantia é-nos devolvida no último dia, para então a usarmos no aeroporto. É bem pensado, e livra alguns hóspedes mais esquecidos, de “dores de cabeça” na hora de fazer o “check in” no aeroporto.

Porém, e voltando ao processo da gestão do hotel, até este ponto podia ser melhorado, na nossa opinião. Chegados ao Hotel com “euros”, somos informados (no ponto de aluguer das toalhas, e não na recepção) que temos que ir à recepção pagar, e depois trazermos então um recibo desse pagamento para termos direito ás nossas toalhas.

Mas antes de termos direito a esse recibo, no acto do pagamento somos informados que temos que trocar os euros por “pesos convertíveis” para pagar. E isso fica noutro ponto do átrio do hotel. Chegados lá, somos confrontados com uma extensa e morosa fila de pessoas que querem trocar o seu dinheiro. Finalmente, e após muita espera, conseguimos trocar os euros por pesos, fomos pagar na recepção, deram-nos o nosso recibo, e no ponto das toalhas, apresentámos o papel, e finalmente... tivemos as nossas tão ambicionadas toalhas de praia.

O restaurante

No “buffet” a variedade e qualidade da comida é boa. Como é habito nestes espaços, a temperatura do ar condicionado costuma estar regulado na posição “Pólo Norte”, por isso convém levar um agasalho ao jantar. Não se entende porém como por vezes não existe “pão fresco”, mas sim do dia anterior.

Nos “snacks” junto à piscina, a variedade é pouca bem como a quantidade. No entanto, a comida também é boa. O horário de funcionamento também é reduzido.

A praia e as piscinas

Piscinas com entradas não muito facilitadas. Têm também uma profundidade um bocado baixa para adultos. Por outro lado, a praia é muito boa com um extenso areal, mas... um bocado suja de lixo apesar de alguma abundância de caixotes em redor.

A água do mar é mais fria que nos locais das Caraíbas já visitados anteriormente, como sejam: Rep.Dominicana, México, e Jamaica. No entanto, a cor e transparência é característica das águas desta zona. Também podemos observar alguns cardumes circulando à nossa volta. Até dava para um pescador conseguir levar alguns para casa. Tarefa que ele executava diariamente.

O tempo

Esteve calor, não em excesso, o que também é bom. Temperatura à volta dos 27 / 28 graus. Algum vento, mas nada de especial, e em alguns dias, o céu apresentou-se ligeiramente nublado.

As excursões

Foi optado fazer apenas uma excursão a “Havana” que recomendo. Um guia muito simpático, que falava “algum” português. Sabia captar a atenção das pessoas e sabia falar sobre os vários assuntos.

Iniciou-se de manhã e terminou chegando ao hotel pelas 20h. Havana é uma cidade movimentada, com uma parte moderna e outra antiga. Na moderna destaca-se os prédios (bem) altos e a grande quantidade de trânsito. Durante este passeio tive oportunidade de almoçar com uma excelente vista panorâmica, no 33º andar.

Por falar em trânsito, destaca-se a enorme quantidade de carros antigos americanos que circulam pelas ruas alguns já com idade bastante avançada. Nota-se grande influência americana em alguns aspectos da vida de Cuba, como por ex na organização das estradas sendo quase tudo em “cruz” com uma ou duas avenidas principais, que são atravessadas por várias ruas, a 1, 2, 3... por aí fora, dispensando nomes.

Apreciação global

O neurónio apreciou a visita, apesar do hotel não se ter revelado ao nível que se esperava. Havana é muito interessante para visitar, e revisitar. Quem sabe para voltar um dia.

Para quem decida la ir... Uma boa viagem, e boa estadia...

RMS

Comentários

Anónimo disse…
Caro Neurónio, GEEK, e Chunga, recordei vivamente na leitura sobre a tua experiência Cubana a minha semana, que conforme já te tinha relatado, "sofreu" de inumeras "coincidências" espaçadas em quase 2 anos...enfim...! :) é para voltar...sem dúvida...mas já devidamente avisados ! eheheh

Abreijos !!!
Anónimo disse…
caro neuronio....

realmente fiquei supreendido pela sua descrição dessa viagem á ilha de Fidel.... Bom, cabe-me comentar dois ou tres aspectos dignos de referência que advem da minha longa expriência profissional em viagens.....

1º- Queres bom? Pagaaaa... Quando se é forreta fica-se em hoteis deste nivel... Cuba tem excelentes hoteis incluindo os ditos da cadeia Melia e Sol Melia....( no caso de nao sabe~r, são do mesmo grupo).

2º Aspecto- Dolares.... conheces? embora haja embargo, os dolares são a moeda mais apetecida...

3º aspecto... solferias... ja foi um bom operador... hoje em dia é muito fraquinho....

4º aspecto - Se tivesses ido pra costa da caparica era muito bom pra ti....

5ª aspecto - Existem praias ao nivel das que referiste em cuba... Cayo largo cayo coco, o sul da ilha tem praias espectaculares... varadero é unicamente turistico e esta saturado....

6º aspecto- Num pais onde as pessoas tem falta de dinheiro para tudo, é natural que estejam as espera que os turista lhes deêm algo.... nao sendo obrigatorio, é de salutar ajuda ao proximo... Se falares com a grande maioria de pessoas que vai a cuba, muita dela levam pequenas coisas que pra nos são consideradaqs lixo para lhes dar... e eles aceitam... mas eu sei que é dificil perceber para quem so tem um neuronio....

7º aspecto... logo que me lembre digo-te

cumprimentos e larguras... eu
Neuronio disse…
De rererir que:

1º- O hotel foi (bem) pago, porque se apresentava como sendo 5 estrelas e estava muitooo longe disso.

2º Dólares são prejudicados na terra do "el presidente". Não são muito apreciados e ainda tem que se pagar uma "taxa extra" caso se insista em usá-los. A preferência vai mesmo para o chamado "Peso convertível" ou os nossos "euros".

3º Solférias já foi bom? Deve ter sido há umas centenas de anos...

4º Ainda não há aeroporto perto da Costa. Tinha que ir de carro e depois demorava muito tempo.

5ª A praia de Varadero era boa e espaçosa. Simplesmente era... um bocadito para o suja. Mas já ouvi falar muito bem de "Cayo Largo".

6º Na Rep. Dominicana, México e Jamaica também não vivem "à grande" e no entanto tem-se direito a todos os serviços (já pagos) sem pagar mais por isso. E só dá "gorja" quem quer.

7º Andas a comer muito queijo. Essa memória está fraca.

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