Estadia em Roma


Tudo começou quando embarcámos num voo da TAP com destino a Roma, Itália. A viagem é rápida, demora cerca de 2h:30m.

Chegados ao destino, tínhamos já reservado previamente em Lisboa um serviço de transporte do aeroporto para o hotel. Escolhemos o "Shuttle direct" da "Morgana Travel". Esperámos algum tempo no aeroporto, pois este transporte não parava só no nosso destino, por isso teve de reunir mais alguns passageiros.

Uma vez dentro da carrinha, começou a nossa experiência italiana, onde tomámos bem o pulso ao caos do trânsito.

As estradas são recheadas de “condutores sem medo”, e não deixam que um “pequeno pormenor” como os traços pintados no chão (contínuos ou não), determinem em que faixa devem andar. Lá vão respeitando os sinais vermelhos, o que não é mau.

Se alguém se quiser aventurar a conduzir... não recomendo, a não ser que goste de aventuras radicais. Nesse caso, para a frente é que é o caminho.

O Hotel seleccionado foi o “H10 Roma Città”. Muito bom. Limpo (parece que é uma característica que devem ter em conta, ao escolher um lugar onde ficar), com piscina (o que também não é muito vulgar) e com muito boa comida.

Tem também a vantagem de proporcionar o uso de computadores com internet, sem custos adicionais.

Embora tenha “só” 4 estrelas, poderia bem ter mais uma, pois em termos de conforto, não fica nada atrás dos de 5.

Para alguns, o único inconveniente que pode apresentar é não ficar no centro da cidade. Na verdade fica um bocado nos arredores. Mas no nosso caso, achámos que foi uma “mais valia”, pois ficámos mais afastados da confusão. Além disso o sistema de transportes de Roma era bom o suficiente para nos levar em pouco tempo onde queríamos ir.

Começou então a nossa odisseia.

Sempre com altas temperaturas (36º para cima) a fustigar-nos, seguimos para os nossos pontos de visita pré-definidos em Lisboa. Em relação a isto, o conselho que vos dou é: Comprar todos os bilhetes online, antes de irem para lá. Já vão perceber porquê...

O tórrido e sufocante calor que se fez sentir durante todos os dias da nossa estadia, foi o principal obstáculo nas longas caminhadas. Uma garrafa sempre cheia com água fria que jorra das várias fontes espalhadas pela cidade, foi a nossa melhor amiga.

Se lá forem nesta altura (Julho), é fortemente recomendável andarem sempre com uma. Cada vez que bebia um pouco, sentia imediatamente um reforço de energia.

Comecemos então pela primeira paragem: "Galeria Borghese".

De mapa na mão a orientar-nos, não foi fácil descobrir a parte final do caminho que nos levava até lá, mas conseguimos atingir o nosso objectivo.

Suados e cansados, e num caminho que embora fosse pouco íngreme, parecia aumentar a sua inclinação a cada passo que dávamos, fomos logo “presenteados” na entrada com duas fantásticas fontes com água mesmo geladinha. Lá dentro também nos esperava um maravilhoso espectáculo, e com a vantagem de ter ar condicionado em todo o edificio.

Aqui começou a nossa viagem pela história, onde pudemos apreciar magníficas e grandiosas pinturas e esculturas antigas... algumas com mais de 500 anos, que conseguiram resistir ao tempo.

As pinturas não se limitavam aos quadros nas paredes. Também estavam no tecto. Algumas estavam tão espectaculares, que conseguiam produzir um efeito 3D. Imagens pintadas pareciam esculturas... está muito bem feito.

Infelizmente não nos foi permitido qualquer registo fotográfico, pois tivemos que deixar a máquina, bem como todos os objectos que trazíamos, na entrada. Mas acreditem... vale a pena.

Na paragem seguinte, após esta fantástica visita, passámos pela “Praça de Spagna” onde está a famosa escadaria que já foi palco de vários desfiles de moda. Um local também muito interessante.

Podem aproveitar e visitar a “Via Condotti”, que fica mesmo ao pé. Nesta rua podem apreciar algo mais “moderno”: As lojas das marcas mais caras e luxuosas do mundo. Um verdadeiro “Rodeo Drive” de “Beverly Hills”, em Roma.

Por razões óbvias, apenas vi as montras (não me dava jeito estar sempre a tirar o cartão da carteira, claro).

Passado este ponto, eis que chegámos à primeira paragem “obrigatória”: “Fontana di trevi”.

A fonte mais famosa do mundo, estava cheia de pessoas. A polícia, sempre atenta, não deixava ninguém aproximar-se de água (que era muito convidativa, naquele sol escaldante), por isso se pararem aqui, não vale a pena terem ideias.

O que podem fazer, e foi o que fizemos, foi lançar a moedinha para dentro da fonte. Isto também é mesmo “obrigatório”.

Para primeiro dia não estava nada mal. Era altura de regressar ao hotel. Para jantar, escolhemos uma pizzaria local, onde comemos muito bem por 30 eur (comida, sobremesa e bebidas).

Segundo dia – o calor continua e não dá sinal de tréguas... bem pelo contrário.

Desta vez o ponto de paragem escolhido foi o Vaticano. Antes de relatar o que vi por lá, deixem-me só dizer isto: Comprem o bilhete na internet, previamente, ou então esperem até TRÊS horas numa fila interminável... Recomendo a primeira opção, a não ser que queiram “trabalhar para o bronze” enquanto esperam... e desesperam.

Felizmente escolhemos então a opção da compra antecipada que nos permitiu passar por toda essa gente que torrava ao Sol. Mesmo assim ainda tivemos “direito” a uma pequena fila que andou depressa. De novo, a garrafa de água foi uma preciosa ajuda. A protecção civil também distribuía garrafas por quem as quisesse, mas era água com gás.

Mais uma vez pudemos apreciar a beleza de várias obras de arte espectaculares e, é claro, muito muito antigas, bem como tesouros maravilhosos. Posso dizer-vos que é um espaço enorme. Só para terem uma ideia, demorámos quase três horas a visitar tudo. Mas vale mesmo a pena.

Aqui também tivemos mais uma “paragem obrigatória”: A "Capela Sistina".

Grandiosa e espectacular, só teve um senão... Estava inundada por um mar de gente, que além de fazer muito barulho, trouxe o caos ao local. À semelhança das “Galerias Borshege” também é proibido tirar fotos, o que não impediu algumas pessoas de o fazer.

Infelizmente fizemos uma passagem rápida e não pudemos ver devidamente a sua beleza. Mesmo assim deu para apreciar toda a arte envolvente.

Outra visita indispensável, é a "Basílica de S. Pedro" onde pudemos observar obras de arte fabulosas. Ainda havia uma sala com tesouros do Vaticano, mas não chegámos a ir lá.

No terceiro dia, fomos visitar os chamados “Museus capitolinos” e a famosa “Boca da verdade”.

Esta última é uma escultura que representa uma cara de boca aberta. Dizem que os mentirosos ao meter lá a mão, podem ficar sem os dedos... Eu fiquei com os meus todos, o que deve ser bom sinal. Tem uma fila de espera pequena, por isso sugiro que passem por lá. Enquanto esperávamos ainda pudemos ver uma escolta policial que passou em grande velocidade e que acompanhava o actor americano George Clooney.

Em relação aos museus, já se sabe... Mais arte que nos surpreende sempre. Infelizmente neste dia, começámos a acusar um bocado o cansaço acumulado dos dias anteriores. O calor também começou a “apertar” mais. Sendo assim, terminámos mais cedo e fomos descansar e recarregar baterias.

Penúltimo dia:

Hoje o nosso passeio centrou-se numa das principais atracções de Roma: O Coliseu.
É um espaço enorme e bem conservado. Ao estar ali, facilmente começamos a imaginar as lutas de gladiadores naquela arena. Soldados romanos oferecem-se para tirar fotos convosco, mas atenção... são bem pagas.

O dia ainda incluiu um passeio pelo “Monte Palatino” e o “Fórum Romano”. Dado que eram ambos no exterior, aqui não havia ar condicionado para nos safar do calor romano, mas em compensação não faltavam as amigas fontes de água fria.

A única decepção do dia foi mesmo um filme num simulador, o “Time elevator” que mostrava a evolução de Roma desde os tempos antigos até ao presente. Bastante fraco.

No último dia, foi mais “relax”. Não fomos fustigados pelo calor, e as pernas descansaram também. O regresso a Lisboa correu muito bem e para fechar com chave de ouro, ao chegar ao aeroporto, as bagagens foram logo as primeiras a aparecer no tapete rolante, o que não é normal.

Algumas notas gerais sobre esta estadia em Roma:

Metro e autocarro (o 170, no nosso caso), são boas opções para transporte, especialmente se forem portadores do cartão “Rome pass”, que além de dar direito a 3 dias de transporte gratuito, oferece algumas entradas em alguns museus e dá descontos noutros.

Piscina no topo do Hotel, embora não sendo grandiosa, era o ideal no fim de um cansativo dia a caminhar.

Na tv, TODOS os programas de canais italianos, são em... italiano... mesmo que sejam filmes ou séries americanas. Só conseguimos ver um programa da MTV Itália, em inglês. Depois havia os canais da "praxe" em inglês, claro, a CNN e a Sky News.

Restaurante do hotel: Muito bom. Comida excelente e o preço não é nada “escandaloso”. Pessoal sempre simpático. No bar também se come bem. É recomendado.

Preços de artigos em montras de lojas na cidade, não anda muito distante da realidade portuguesa.

Concluindo, foi assim a nossa experiência Romana. Espero ter-vos dado uma pequena ideia de como foi a nossa estadia lá..

Para quem estiver a ir de férias... boa viagem e aproveitem.

RMS

Comentários

Anónimo disse…
Bem, conhecendo bem Itália, recomendo Florença para a próxima. Quanto a Roma... espero realmente tenham gostado, eu reconheço que há imensa história e locais lindos, mas não voltará a ser uma cidade de eleição.

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