Velhos são os trapos



Malta nova que queira aprender a fazer filmes de acção, ou ver como eles deveriam ser sempre, é só ir ao cinema mais próximo ver "Os Mercenários".

Com um naipe de actores que bem merece o título de "reunião cinematográfica mais improvável", esta festa non-stop de acção, pancadaria e muitas, mas mesmo muitas explosões e sangue, conta com Stallone (que escreveu e realizou a história), Jet Li (o homem que ainda desafia a lei da gravidade), Jason Statham (Sr "Correio de Risco"), Mickey Rourke (em mais um bom regresso), Dolph Lundgren (Teve aqui uma espectacular oportunidade de voltar ao "primeiro escalão" de Hollywood), Eric Roberts (também já andava um bocado desaparecido) e ainda umas (curtas) aparições do "Sr Governador" Arnold Schwarzenegger (que troca um maravilhoso e curto diálogo com Stallone) e do grande Bruce "Die Hard" Willis.

Se só assim, com esta reunião, este filme já entra para a história do cinema, para ser perfeito só lhe faltava mais nomes que infelizmente recusaram por vários motivos: Van Damme, Wesley Snipes e Steven Seagal. Pode ser que apareçam na já anunciada sequela, dado o grande sucesso deste título.

Toda a "malta da pesada" que participa nesta película, já tem uns bons anos em cima, e isso nota-se bem nas suas caras e corpos, mas o que se nota também é que ainda são muito bons no que fazem.

Stallone volta a surpreender, pela positiva, com mais uma boa realização e interpretação. Prova que para termos uma boa história ela não precisa de ser super elaborada. Para fazer um filme – um bom filme de acção – só é preciso: Acção pura e dura e algum humor à mistura.

Digam o que disserem, que nunca foi bom actor e coisas desse género, uma coisa não podem negar: Pode fazer com que o público, além de não se esquecer dele, ainda queira ir vê-lo no cinema. Quantas "estrelas" dos anos 80 e 90 conseguem fazer o mesmo?

A lembrar algumas das melhores cenas do último "Rambo", estes "Mercenários" despacham inimigos sem dó nem piedade com grande pancadaria e tiros, sem necessidade de grandes efeitos especiais. Há muita luta corpo a corpo, mas também grandes armas capazes de pulverizar (literalmente) qualquer gajo com a mania que é mau.

Os personagens não têm grande "profundidade" e "problemas psicológicos profundos" que muitos filmes do género hoje em dia, nos tentam impingir... e ainda bem que assim é. Todos têm a sua grande "pancada", ou não fossem mercenários, mas é uma dose de insanidade q.b. que nos ajuda como espectadores a compreender porque é que são assim, sem necessitarmos de saber o seu historial clínico e mental. Os gajos são malucos e ponto final.

Já sabem que quando entram na sala de cinema têm que ir com espirito aberto para "acreditar" em cenas impossíveis, algumas a relembrar o mítico blockbuster "Commando" de Schwarzenegger.

Se aceitarem bem isto, então vão adorar "Os Mercenários".

Posso resumi-lo como: Um bom filme de "pancadaria de meia noite".

RMS

Comentários

El Chafarica disse…
Trigo limpo, farinha amparo!
Stalonne mostra à rapaziada como é que se faz um filme de Acção. Muita bala, muita acção e pouca confusão.

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