Os conselhos do Cifrão

Em tempos de crise fala-se muito de poupanças, seja nas notícias ou em simples anúncios. Agora a palavra de ordem é "poupar, poupar e... poupar".

No que diz respeito aos anúncios radiofónicos, há um que destaco hoje por ser aquele que mais ouço na estação de rádio que costumo sintonizar. O seu protagonista é o cantor / actor que dá pelo nome de "Cifrão".

Querendo afastar-se da corrente mais comum partilhada por especialistas em economia, sobre o que fazermos ao nosso dinheirinho, aqui o nosso especialista de serviço oferece uma abordagem mais radical, que no fundo tem a ver com a sua maneira de ser.

O seu conselho é muito complexo, mas vou tentar explicar da melhor maneira: O público-alvo, que são os jovens, são encorajados a... poupar o dinheiro das suas mesadas, ou que lhes dão no Natal para assim poderem, a longo prazo, concretizar os seus sonhos.

Calma... Sei que a explicação é muito técnica, e mesmo o nosso actual ministro das finanças precisaria de uns dias para analisar esta descoberta que irá revolucionar o mundo da economia. Vamos então analisar por partes:

Primeiro: Começa logo no nome do entendido: "Cifrão"? Muito antiquado. Hoje prefere-se "símbolo do euro", mas isso não ficaria bem como nome artístico.

Segundo: Longo prazo? O público-alvo tão não deve ter bem presente esse conceito. Implica pensar mais à frente, ou seja "vai poupando para o teu tablet / smartphone, mas quando tiveres dinheiro para ele, o modelo que queres já está desactualizado". Quem é que quer isso?

Terceiro: Corremos o risco de ficarmos ofuscados pela ideia "brilhante": "Se juntarem o dinheiro das mesadas e do Natal, depois podem concretizar os vossos sonhos". Duh... a sério??? Se juntarem dinheiro podem um dia comprar algo que querem? Excelente. Nunca ninguém tinha pensado nisto antes.

Proponho uma candidatura do "Cifrão" para Ministro das finanças.

O meu conselho para ele (totalmente grátis): Começa a poupar apoios para um dia a longo prazo concretizares esse objectivo

RMS 


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