Todos os anos...
...é a mesma coisa. Está calor, há
incêndios. Chove, e temos piscinas naturais por todo o lado.
É um fenômeno no nosso país.
Quando chove e o vento sopra com mais força, é o fim do mundo. Ruas inundadas,
árvores caídas, sarjetas entupidas, etc.
Tudo isto são problemas que se
resolvem… no Inverno. Porquê limpar as sarjetas e cortar árvores que ameaçam
cair, no Verão? Não faz sentido. Está tanto calor, não chove, logo a sarjeta
está bem assim como está.
Quando o apocalipse chega, os
nossos meios de comunicação social, especialmente as TV’s, gostam de nos manter
informados, bombardeando-nos com directos que mostram muita chuva e muito
vento, alertando as pessoas para se afastarem das zonas onde eles estão, e
depois ao mesmo tempo pedindo que enviemos vídeos e imagens dos cenários de
destruição.
Outro fenômeno tem a ver com o
grau dessa destruição. Cada tempestade que se abate sobre nós, é sempre a pior dos
“últimos x anos” (substituir “x” por um número, de preferência com dois
algarismos) e vem acompanhada de relatos de moradores que moram na zona
afectada há muitos anos e “nunca viram nada assim”.
Enquanto isso, vai-se construindo
à toa, a Mãe-natureza ri-se de nós enquanto São Pedro faz cair o céu em cima
das nossas cabeças. Ainda bem que não se lembrou de mandar neve para todo o
país, senão ficava tudo parado.
Com tudo isto e enquanto não temos guelras, há que começar a pensar em algumas coisas essenciais, não vá a realidade lembrar-se de imitar a ficção do filme “Waterworld” (http://www.imdb.com/title/tt0114898/), onde, num futuro distante, o nosso planeta é quase todo composto por água.
Sendo assim, deixa-me cá arranjar um barquinho insuflável, gabardine, guarda chuva e umas boas galochas.
Aproveito também, para tirar a
carta de marinheiro, porque palpita-me que os carros não vão funcionar bem,
debaixo de água.
RMS
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