Viagem a terras de sua Majestade

Recentemente viajei a Londres, em lazer. Mesmo tendo a Libra um poder dominante sobre o nosso Euro, lá fui armado em turista visitar todos os locais icónicos (que me foi permitido dentro do tempo disponível) desta maravilhosa cidade.

A viagem não começou da melhor maneira, tendo o avião da "British Airways" sofrido um atraso de 1h15m devido a uma greve de controladores aéreos em França. Curiosamente, o avião da TAP que tinha uma hora de partida ao mesmo tempo, lá conseguiu ir sem problemas no horário previsto. 

No regresso voltei pela TAP e tudo correu bem sem incidentes.

Mas pronto, o que interessa é que o avião lá partiu e compensou o atraso na viagem. O comandante "puxou pela máquina" e chegámos a Londres em pouco mais de duas horas.

Ao chegar dirigimo-nos para o Hotel através do Metro a partir do aeroporto. Já tínhamos comprado antecipadamente um cartão recarregável (Oyster card) para este sistema de transporte (pode ser comparado ao cartão "Lisboa Viva"), ainda em Lisboa. Comprámos pela net e recebemos em casa no dia seguinte. O percurso para o hotel demorou sensivelmente uma hora. As estações são enormes, mas bem sinalizadas. Se souberem para onde querem ir, não se irão perder.

O alojamento escolhido foi o "Park Plaza Victoria London". É bem localizado, limpo, confortável, moderno e com pessoal simpático. Antes de irmos, o hotel propôs fazermos um "upgrade" ao quarto e assim fizemos. Ficámos num apartamento espaçoso o suficiente para três pessoas. Tinha uma pequena cozinha com micro ondas, fogão, máquina de café "nespresso" (com oferta de cafés) frigorífico e máquina de lavar louça.

Logo para começar as "festividades" aproveitámos para visitar alguns dos locais mais conhecidos: Palácio de Buckingham (visto de fora, claro, mas há programas de visita ao interior de algumas partes do palácio), visitámos o parque "Saint James", tirámos fotos ao Big Ben e andámos no popular "London Eye", uma "roda gigante" que nos permite ter uma vista fantástica sobre a cidade, quanto ela atinge o ponto mais alto. Os bilhetes são caros, naturalmente, mas vale a pena a viagem. 

O único senão, além do preço, foi o tempo de espera para entrar que foi de aproximadamente 30 min. Mas depois a "volta" da roda demora quase esse tempo, por isso compensa. A cabine é grande o suficiente para ter 12 pessoas à vontade. Aproveitem e tirem fotos fantásticas, usando a excelente vista panorâmica.

Ao sair da roda, o bilhete dá acesso ainda a assistir a um filme sobre Londres, muito giro e em 4D. 

Depois disto visitámos o "Sea Life" que é uma espécie de "Oceanário" como temos no Parque das Nações, só que com um visual mais apelativo, quer na decoração, quer na fauna exposta.

Mesmo usando o sistema do Metro, ainda temos que andar a pé um bocado de um ponto para o outro, por isso neste primeiro dia as nossas pernas ressentiram-se um bocado.

Terminámos o dia indo para o hotel, mas comprando primeiro algo para comer num supermercado da marca "Marks & Spencer", que estamos mais habituados a relacionar com roupa do que com comida. Os preços são acessíveis e permitiu-nos usar o microondas disponível no quarto para aí aquecermos a comida e gozar de um merecido descanso.

Por falar em refeições, de salientar que ao almoço parávamos num restaurante de "fast food" para recarregar baterias. Os preços de um MacDonalds por ex, são bem mais caros que em Lisboa. Praticamente o dobro. Além disso a confusão é total, no atendimento. Imaginem o "Mac" do centro comercial "vasco da gama" em dia de concerto no "Meo Arena"... É muito pior. E não nos dão a comida em tabuleiros, mas em sacos como se fossemos levar para fora. Se quisermos tabuleiro, vamos buscar um.

No dia seguinte fomos ao "Museu de cera da Madame Tussaud". Mais uma vez, bilhetes caros, mas vale a pena para ver personalidades conhecidas mundialmente e tirar uma foto com elas. Algumas estão mais realistas que outras. Atenção que ao comprar o bilhete, este não dá acesso imediato ao museu. Ao invés disso, apresenta um intervalo de tempo em que podemos entrar (13h / 13:30h por ex). Havia duas filas fora do museu: Uma para compra de entradas e outra para entrar no horário disponibilizado. Comprámos bilhetes para uma hora mais tardia e fomos comer qualquer coisa. Quando regressámos, a fila era bem menor.

Durante o percurso ainda tivemos oportunidade de ser assustados numa parte de "terror" em que, num ambiente apropriado ao tema, somos confrontados com alguns actores que aparecem de repente. Preparem-se para alguns gritos.

No final da visita também pudemos assistir a um filme em 4D, desta vez com alguns super heróis do universo da "Marvel".

Depois fomos ao museu do detective mais conhecido do mundo, Sherlock Holmes.

Embora seja interessante, e mais barato que outras atracções, é bem menos interessante em comparação. Trata-se de uma casa estreita, com vários andares, com objectos alusivos ao personagem. Mais vale pouparem dinheiro e tirarem uma foto na entrada. Ficam com uma boa recordação.

Uma ida a Londres não seria completa sem ver o Museu de História Natural. Além de ter o "bónus" de ser gratuito (à excepção de algumas exposições lá dentro), também é uma boa maneira de aprendermos qualquer coisa, enquanto nos divertimos. É um espaço enorme que não conseguimos ver na sua totalidade. Era preciso quase um dia para o fazermos. Tinha uma mostra de esqueletos de dinossauro que nos pareceu atractiva, mas que não conseguimos ver porque a fila era extensa e o cansaço já se apoderava de nós. Resolvemos seguir viagem.

O local seguinte na lista e que recomendo é uma espécie de "museu do incrível", chamado "Ripley's believe it or not". Aí encontrarão toda a espécie de coisas bizarras, supostamente verdadeiras, como animais com duas cabeças entre outras coisas. 

Começamos no 5º andar e vamos descendo. No final podemos participar num divertido jogo que envolve uma sala escura cheia de lasers, os quais temos de evitar, indo da entrada até à saída. Se forem suficientemente rápidos podem inscrever o vosso nome no "top" de jogadores. Infelizmente não consegui, mas foi divertido. Quem espera do lado de fora, pode ver as vossas peripécias através de um monitor.

Claro que para cada atracção paga, temos a respectiva loja de recordações onde podemos comprar toda a variedade de "merchandising".

De uma maneira geral, posso ainda referir que há que ter o máximo dos cuidados a atravessar a estrada. Embora esteja escrito no chão em letras grandes o lado para que temos de olhar, irão certamente dar com vocês a olhar para o lado errado em várias ocasiões. Respeitem também o sinal para peões, pois os condutores não terão pena de quem atravessa na "ilegalidade".

Ao comprarem bilhetes para as atracções, em algumas podem comprar um "pack" para visitarem até quatro locais diferentes, poupando assim algumas libras.

Em várias atrações também irão ser fotografados durante o percurso, foto essa que é opcional ficarem com ela. Claro que resolverem guardá-la, preparem-se para pagar bem.

Façam um plano antecipadamente do que pretendem visitar, assim irão poupar tempo e deslocações desnecessárias. Visitem também algumas ruas mais conhecidas, como a "Oxford street" e a zona de "Picadilly circus" onde poderão visitar por ex, a loja "Mundo dos M&Ms", os deliciosos chocolates. Além de toda a variedade de chocolates, também podem comprar camisolas, almofadas, etc, tudo com a famosa marca.

Visitem também os armazéns "Harrods". É uma espécie de "El corte inglês" versão luxuosa e mais ampla. Mesmo que não comprem nada, vale a pena uma ida lá.

O tempo, ao contrário do que seria de esperar, esteve excelente. Muito sol e alta temperatura. Mais alta do que estava em Lisboa, curiosamente. Na televisão referiram que num dos dias era o dia mais quente em Londres até à data. Convém verem a previsão do tempo antes de planearem a viagem.

Em algumas lojas é-vos dada a oportunidade de pagarem em Libras ou Euros. Recomendo que paguem em Libras, pois a outra opção irá acrescer uma taxa ao valor do produto. 

E pronto, é tudo. Espero ter transmitido a minha experiência desta viagem. Se lá forem, espero que se divirtam.

God Save the Queen

RMS

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