Para onde vai o windows 10 mobile?
Windows, Windows phone, Windows 10 mobile… Seja
qual for o nome, o sistema móvel da Microsoft condenado à morte desde que
nasceu pelos analistas (e não só), está vivo e a dar sinais que vai cá andar durante algum tempo.
Pode parecer que este sistema
móvel começou há pouco tempo, mas recuemos no tempo até aos velhinhos PDA’s.
Ok, não se pode comparar às versões que apareceram mais tarde na versão 7.5, 8,
8.1 e agora a 10, mas isso serve para demonstrar que “não é de hoje” que a
Microsoft anda neste “jogo”.
Tem pontos fortes? Sim. E fracos?
Bom, veja-se a distância que separa o Windows do Android e IOS em termos de
vendas. Uns dizem que é por causa do número de apps na loja, outros pelo
hardware ou simplesmente não gostam do sistema em si.
Mas quem critica, quão bem
conhecerá o Windows 10 mobile para o fazer? Ao longo do tempo tenho reparado
que grande parte dos consumidores de sistemas móveis desconhecem as
potencialidades, não só dos aparelhos, mas do Windows 10. Aqui culpo um bocado
a Microsoft pela fraca comunicação com o exterior e pela falta de marketing.
Mas seja como for, não é isso que
está agora em questão. O que proponho aqui é uma visão de onde estamos no
presente e para onde vamos no futuro? Na falta de um DeLorean para verificarmos
pessoalmente, só me resta uma tentativa de previsão.
Vamos lá então… Hoje em dia o Windows
está na sua versão 10. E o que é que nos oferece?
A meu ver, podemos começar por:
Estabilidade – Sim, o sistema é
estável. Pode ser o seu “bug” ocasional (que sistema não tem?), mas de uma
maneira geral funciona bem (pelo menos não tenho queixas graves).
Personalização visual – No computador
sempre nos habituámos a ter o nosso “papel de parede”, a arrumarmos os ícones
no “ambiente de trabalho” como queremos, a selecionarmos uma variedade de cores
para o nosso ambiente. E no telemóvel? Também. Podemos arrumar os ícones de
atalhos (dinâmicos), selecionar o seu tamanho, torna-los transparentes para que
vejamos bem a imagem que escolhemos como “papel de parede” ou simplesmente
arrumá-los de maneira a não ocuparem o espaço da imagem. Podemos criar grupos
de ícones, equivalentes às “pastas” dos computadores.
Rapidez – Bom, dependendo do
hardware de cada aparelho, uns serão mais rápidos que outros, mas num
smartphone com 1GB de RAM e 8 de memória interna, não me posso queixar.
Gostaria que fosse mais rápido? Claro, mas com estas características não há
milagres. Se quero mais rapidez, tenho que comprar um aparelho mais potente.
E agora, aquele que é apontado
como “o” ponto fraco… as aplicações e jogos – Bom, não há tantaaaa variedade
como nos sistemas concorrentes. Faltam algumas “apps de peso”, mas no geral
temos boas opções oficiais e não oficiais: Facebook e Messenger (oficiais),
instagram (oficial), 6tag (aplicação-cliente do instagram, com alguns aspectos
melhores que a sua versão oficial), não temos Snapchat mas o instagram e o Messenger
já demonstraram que estão aí em força para substitui-lo… Enfim, escolhas não
faltam. E aquelas que não existem oficialmente e não oficialmente? Deixemos que
o “browser” Microsoft Edge resolva a questão. Pode não ser exactamente como a
aplicação, mas certamente resolve o problema.
Assistente virtual – “checked”. A
“Cortana” já demonstrou que está bem evoluída. Ainda fala “português do Brasil”,
mas é uma questão de tempo até falar com sotaque português.
Aplicações universais: Uma só
aplicação ou jogo que se adapta automaticamente a vários ambientes (telemóvel,
computador, consola...).
Actualizações do sistema: Acontecem com periodicidade regular não só para corrigir bugs mas também para melhorar o sistema.
Variedade de marcas – Realmente a
grande maioria dos aparelhos disponíveis no mercado são da Microsoft, com
vendas que levam os “analistas” a ditar a morte do sistema (mais uma vez). Mas
a Microsoft já revelou que o seu plano é substituir toda a linha “lumia” actual
por um novo modelo, para já conhecido como “Surface Phone” e deixar que as
outras marcas entrem no mercado. Hoje em dia já temos a HP (com um aparelho que
todos os amantes deste sistema aspiram a ter), a Acer, a Lenovo, Alcatel, Vaio
e outras menos conhecidas, só para citar algumas.
Bom, muito resumidamente isto é o
que temos. Mas, e o que é que vamos ter no futuro?
Admirem-se… O futuro já chegou.
Lumia 950, HP Elite X3, Acer Liquid já usam o sistema “continuum” da Microsoft.
O que faz é, ao ligar o smartphone a uma “doca”, transforma-o num ambiente “desktop”
tornando o telemóvel num computador. Com o auxílio de um teclado e rato
wireless, temos um verdadeiro aparelho 2 em 1.
Actualmente ainda não iguala todo
o ambiente de computador, pois só algumas aplicações e jogos são verdadeiramente
universais, mas o próximo passo já vem aí. Através de uma mudança de hardware,
que inclui a arquitectura do processador, vamos poder ter o sistema x86 no
telemóvel. Poderemos então ter ficheiros executáveis como temos actualmente nos
computadores. Podemos ter um Windows 10 completo na palma das nossas mãos. E a
mudança não será só a nível de software. Os próprios aparelhos ficarão mais
finos, potentes e consumirão menos energia.
Naturalmente, tudo isto irá
reflectir-se na variedade e número de programas e jogos que poderemos ter.
Não
esquecer as imagens em 3D. Vemos poder, usando só a câmara do telemóvel,
fotografar um objecto, ficando com uma imagem tridimensional que depois podemos
trabalhar. E segundo a Microsoft, isto funcionará com os actuais aparelhos
E falta muito? Começa já este
ano. Não vamos ter que esperar. O futuro está a bater à porta.
E o que diz a concorrência desta
era pós-smartphone? Bom, segundo rumores, a Samsung irá ter um aparelho com um
sistema parecido ao “continuum”, mas com Android. Irá ter os mesmos resultados que
o Windows, em termos de produtividade? Veremos. Seja como for, nós consumidores
iremos beneficiar desta evolução e concorrência.
Iremos em breve substituir as
actuais “torres” de computador pelo nosso aparelho móvel? Acredito que sim. O
tempo que falta para isso acontecer é que não sei, mas não está longe.
Esta é apenas a minha visão
pessoal de um sistema que uso diariamente. Não quero afirmar-me como o “dono da
verdade e do desenvolvimento tecnológico”, mas baseio esta minha previsão tendo
como base os conhecimentos que tenho deste sistema.
Como diz o personagem “Doc Brown”
da trilogia “Regresso ao futuro”, “o futuro ainda não está escrito. Para
ninguém”. Por isso teremos de esperar, pois só o tempo irá demonstrar-nos para
onde caminhamos tecnologicamente.
Tenham um bom futuro
RMS
Comentários