Piratas em 3D


Fui ver o mais recente capítulo da saga de “Piratas das Caraíbas”, em versão 3D.

Foi a minha estreia na 3ª dimensão cinematográfica (demorou até aparecer um filme que me convencesse), e devo confessar que fiquei um pouco desiludido. Claro que há cenas em que temos uma maior noção de “profundidade” das pessoas em relação ao cenário, mas obtive maior satisfação da experiência a 3 dimensões, com a curta animação que antecedeu o filme, em que os objectos vinham ter conosco quase tocando-nos na cara.

Outro ponto a salientar são os famosos óculos especiais. São demasiado grossos, e pesados, deixando algumas sequelas físicas.

Portanto, para resumir esta parte técnica, na minha opinião não compensa o custo extra do bilhete. Com tanto filme actualmente a usar (e abusar) desta tecnologia, pensei que por esta altura já estivesse algo bem mais desenvolvido. Sendo assim, vou continuar a optar pelo velho 2D em futuras idas ao cinema.

Questões tecnológicas à parte, centremo-nos então no filme propriamente dito.

Johnny Depp volta em grande forma, na pele do pirata mais famoso do cinema, o Capitão Jack Sparrow, agora com um naipe de novos actores como Penélope Cruz. O grande Geoffrey Rush regressa com o seu “Barbossa”, sempre em boa forma. Tanto ele como Depp, no fundo são a alma de toda esta saga, não há dúvidas.

Menos “nonsense” que o 3º capítulo (com aquelas cenas em que Jack contracena com 3 ou 4 versões dele mesmo), este 4º episódio é mais “fluído”. Pode não ter acção non-stop, mas vemos que há um seguimento da história ao longo de todo o filme, sem “flashbacks” ou episódios em paralelo ou pausas demasiado “mortas” e sem personagens que aparecem do nada, levando o espectador a perguntar “mas quem é este e de onde apareceu?”.

Desta vez o argumento anda à volta da mítica fonte da juventude. Numa corrida contra o tempo, Jack, Barbossa e os Espanhóis tentam ver quem lá chega primeiro sempre tentando sabotar-se mutuamente. O bom humor continua sempre presente, bem como a aventura e algumas reviravoltas que vão prendendo a atenção do espectador.

Como sempre não revelarei muito sobre o filme, a não ser que esta não será a última vez que veremos o “Capitão Sparrow” e companhia. Na parte que me toca, fico satisfeito com isso, pois após ter visto este episódio, ainda continuo fã da saga e dos “maneirismos” deste maluco personagem de Depp, que me puseram logo a pensar como seria uma interacção entre este pirata e o personagem “Cal Lightman”, interpretado por Tim Roth na série televisiva “Lie to me”. Quanto vejo um, consigo sempre visualizar o outro.

Ao contrário do que aconteceu quando fui ver o “Scream 4”, desta vez a sala estava com muita gente, o que me deu oportunidade de comprovar que no cinema, se há algumas coisas que mudam, outras ficam na mesma ou piores, como o comportamento de algumas pessoas num local público que nos vão relembrando porque é que já não íamos há tanto tempo ao cinema, preferindo ter uma experiência melhor na nossa boa sala de cinema caseira.

Dito isto, bons filmes para todos

RMS

Comentários

Anónimo disse…
Na minha opinião o filme fica atrás dos anteriores e começa a demonstrar o cansaço de sequela após sequela...
3 em 5 estrelas!
Beta

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