Criminosos que querem ser diferentes


Ao ver as séries policiais, como o CSI e outras do género, observo sempre que os criminosos têm um plano mirabolante com um toque de génio, tudo na busca do crime perfeito.

Mas... ao acompanhar os passos das investigações, chego à conclusão que eles afinal são um bocado estúpidos. Claro que sabemos que a história está toda feita para eles serem apanhados no fim e vermos que o crime não compensa, mas vamos analisar alguns factos:

Porque é que a arma do crime costuma ser algo exótico que só se vende numa loja da especialidade, tipo uma espada samurai com algumas centenas de anos cuja lâmina é feita de uma liga especial que tem um corte que deixa uma marca específica na vítima e só a loja de antiguidades “x” vende num raio de milhares de kms?

Ou uma pistola especial só usada por soldados de elite que estiveram numa determinada guerra no ano “tal” e cuja venda ao público é controlada pelo exército?

Porque é que o carro que usam, tem o pneu xpto com a borracha “xk47” que só foi feita para a marca “y”, para o modelo específico feito num ano específico? Tudo tem que ser original e diferente, para se destacarem das outras mentes criminosas. E ao serem originais, tramam-se logo.

Se eu fosse a eles, seria o mais geral possível. Querem uma faca? Vão ao supermercado. São às centenas, todas iguais. Um carro? Escolham o mais comum...

Todo este processo de descoberta, leva-me a outra questão, que são as “super bases de dados da polícia”.

Coitado do criminoso que deixe para trás uma fibra da sua camisola favorita para cometer crimes, pois após uma rápida análise, será descoberto na base de dados das fibras. Há bases de dados para tudo e mais alguma coisa, desde os referidos pneus, armas de toda a espécie, impressões digitais, das palmas das mãos, vidros dos faróis dos carros, animais... é o que se quiser. A imaginação é o limite.

E no fim disto tudo, a polícia ou os investigadores ficam com os “louros” todos da prisão do criminoso, e ninguém se lembra do herói anónimo, na minha opinião:

Aquele que ninguém fala... o desgraçado, ou desgraçada, que tem que meter toda esta informação nas bases de dados...

Até deve ter bolhas nos dedos.

RMS

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