Sou um android


Calma, não me transformei em alguma espécie de ciborgue, apenas comprei há uns dias um “smartphone” que usa esse sistema.

Habituado a um Nokia com sistema “symbian”, passar para um LG “android” foi um “choque cultural e tecnológico”, pois são telemóveis e sistemas totalmente distintos um do outro.

Ainda tenho apenas alguns dias de experiência com este aparelho, mas até agora não me tem agradado muito.

Contrariamente ao que se possa pensar, não tem tanto a ver com o tal “choque” referido, (que já era esperado) mas mais com o funcionamento, tanto do telefone como do próprio sistema. Sabia que não iria ser tão intuitivo como o o meu anterior telefone.

Este tem um bom “hardware” a suportá-lo, algo que influenciou a minha escolha. Processador “dual core”, máquina de 8MP com flash, memória de 8GB, um óptimo écran de 4", etc... Lá rápido e potente é ele.

Porém, basta pouco uso extra-telefonemas (GPS, WI-Fi, navegação na net, etc...) para vermos o nível da bateria a desaparecer rapidamente, não chegando ao fim do dia sem um carregamento. Portanto poderá ser o equivalente a termos um carro espectacular na garagem, mas não podemos dar muitas voltas com ele, pois cada vez que carregamos um bocadito mais no acelerador, vemos o ponteiro do combustível a aproximar-se do “vazio” a alta velocidade. Haja energia.

Em relação ao “android” propriamente dito, está longe de ser intuitivo, mas é algo que se vai percebendo à medida que vamos mexendo nos vários menus e configurações. Nada que um pouco de prática não resolva. Já demoro muito menos tempo aceder a algumas configurações e a fazer determinadas operações.

Uma das grandes vantagens que é apresentada ao utilizador-android são as inúmeras aplicações que podem ser descarregadas da “loja” oficial. Há uma enorme variedade para todos os gostos, e muitos são gratuitos o que é sempre bom. 

Mas como não há "bela sem senão", dizer que são “curiosas” é pouco. Muita gente se queixa da invasão de privacidade das aplicações e jogos da rede social “Facebook”. Comparativamente com as permissões que as aplicações e jogos “andróides” nos pedem (ou melhor, exigem, pois não há possibilidade alterá-las), isso não é nada. Grande parte das que eu vi, pedem acesso à nossa lista de contactos, à nossa localização (usando a rede ou o GPS), podem alterar a ligação à net, o Wi-Fi, podem enviar SMS ou MMS sem o nosso conhecimento, saber o nosso número, saber quem nos liga se houver uma chamada, saber o número de série do telefone e muito mais coisas... Isto tudo sem podermos dizer que “não” a qualquer uma destas exigências.

Enfim, só falta mesmo dizerem “Experimente o nosso jogo / aplicação e em troca só pedimos que nos revele e deixe controlar a sua vida privada”.

Bom, não me alongarei mais neste comentário. Para já são as minhas primeiras impressões do mundo “android”. Não são muito positivas, mas pode ser que me convença do contrário à medida que o tempo for passando ou se surgirem novidades. Cá continuarei a minha experiência e a compartilhá-la.

Até lá, cuidado... big “android” is watching you

RMS

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