Reboot do "Homem Aranha"

Há uns dias fui assistir ao cinema à nova versão do "velho" super herói, "Homem Aranha".

Numa clara tentativa de fazer um papel totalmente diferente de Tobey Maguire, o anterior protagonista destas aventuras, o actor Andrew Garfield traz uma nova dinâmica ao papel.

A própria história volta a um "Spider Man" longe de ter tantos conflitos interiores (ainda bem - estava à espera de ver quando apareceria um psicólogo nos outros filmes), mas ainda com alguns problemas pessoais na sua vida complexa.

Para que não houvesse uma repetição de fórmulas anteriores, tentaram dar um "makeover" à história, desde a clássica cena da mordidela da aranha até ao lançamento das teias que saem dos pulsos do herói (tornando esta última um pouco mais "credível" na minha opinião - E este "credível" é num universo de fantasia de super heróis, claro). Outro aspecto interessante é mostrar a sua relação inicial com os pais e como é que foi parar a casa dos tios.

Peter Parker, um jovem vítima de bullying ao início, abraça o lado mais negro depois de descobrir os seus poderes. A grande mudança de mentalidade vem obviamente depois da também clássica cena que envolve o seu Tio. A partir daí, começa mais a aparecer o "homem aranha" a que nos habituámos.

Como não há super herói que não tenha que enfrentar um super vilão, nesta nova aventura ele depara-se com um bastante poderoso, também diferente dos que já apareceram na trilogia anterior, sendo uma mais valia para o filme. 

Todas as interpretações são boas, desde o protagonista, passando pelos tios, bem interpretados por Sally Field e Martin Sheen, ou mesmo um chefe de polícia num registo um bocado calmo do actor Denis Leary.

Em termos de história não há muito mais a dizer. "Homem aranha" está de volta, um pouco melhor que antes. Efeitos especiais são mais que muitos, obviamente, mas trazendo também um certo ar de "jogo de computador na primeira pessoa" em algumas cenas, nomeadamente quando ele se balança entre edifícios. Nesse aspecto dá um "look" um bocado "artificial" ao filme. Por vezes, menos é mais. Espero que não abusem tanto disso em futuras produções.

Outro aspecto menos positivo na história, para mim, tem a ver com o herói tirar demasiadas vezes a máscara revelando a sua identidade secreta. Se é super herói, ninguém deveria saber quem é na realidade. Não vemos o Batman a revelar-se como Bruce Wayne, ou o Super Homem a mostrar-se como Clark Kent a toda a gente...

Pode ser um "preciosismo" mas faltou também aqui uma frase marcante, como a "com grande poder vem grande responsabilidade" que foi imortalizada para sempre pela anterior trilogia e usada em vários outros filmes não relacionados com homens aranha ou super heróis.

No final, como seria de esperar, depois de alguns créditos finais, ainda temos direito a mais uma cena, demonstrando que haverá um segundo capítulo. Aliás, segundo já pude investigar, parece que teremos direito a mais uma trilogia desta nova aventura. Hoje em dia os "blockbusters" vêm logo num "pack" de três, se fizerem sucesso logo no primeiro - e parece que este está a corresponder às expectactivas.

Sendo assim, criminosos cinematográficos, tremam de medo... Chegou o aracnídeo mais famoso da sétima arte.

Fujam...

RMS

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