Raise your hands, Lisbon
O rock voltou ontem a Lisboa,
mais precisamente ao Parque da Belavista.
Jon Bon Jovi e companhia
regressaram ontem para nos proporcionar mais uma noite de bom espectáculo que
nos faz sempre querer mais um bocado… mais uma música.
A banda esteve incompleta pois o
guitarrista Richie Sambora tem estado ausente da digressão por “motivos
pessoais” (pude comparar várias teorias que vão desde a separação total até à
famosa reabilitação de álcool / drogas).
Bom, sejam quais forem os
verdadeiros motivos, o facto é que a sua ausência não prejudicou o concerto. O
seu substituto, (cujo nome não me lembro agora) portou-se à altura tendo estado
perfeitamente integrado na banda, parecendo já actuar com eles há anos.
Apesar deste elogio à sua
prestação, aguardo que Sambora regresse e em grande forma.
Embora o concerto tenha sido
muito bom, não posso deixar de salientar alguns aspectos menos positivos, como
por ex Portugal não ter tido direito ao famoso “palco do carro” (que só apareceu em imagem nos magníficos écrans gigantes com excelente resolução), muito
comentado, que tem passeado pelas outras cidades. Provavelmente terá calhado
aos espanhóis que vão poder hoje assistir ao concerto. Falando em espanhóis,
Jon Bon Jovi resolveu abdicar do “cachet” devido à situação económica dos
nossos vizinhos, e assim sendo o preço dos bilhetes caiu a pique, ao contrário
do que aconteceu por cá. Devemos mesmo estar a impressionar o mundo com a nossa
recuperação da crise.
Também já ouvi algumas críticas
de pessoas que compraram os bilhetes mais caros, para no fim ficarem ao pé das
pessoas com os bilhetes mais “baratos”. Culpa da organização, certamente, que
tem sido muito criticada nas redes sociais. Ao menos parece que aprenderam
alguma coisa (aparentemente) com alguns erros do passado ao conseguir uma saída
rápida e calma do recinto, contrariamente ao que aconteceu no último concerto
que os Bon Jovi deram em Lisboa. Certamente para isso também terá contribuído o
menor número de espectadores comparativamente ao outro ano, mas mesmo assim
desta vez as pessoas tiveram o caminho livre para circularem, sem caixotes de
lixo, camiões, carros e outros obstáculos.
Embora o espectáculo tenha tido
então esses pontos menos bons, estes não foram suficientes para estragar uma
grande noite que levou à Belavista milhares de fãs das mais variadas idades, desde miúdos a mais "graúdos".
Jon Bon Jovi, visivelmente com menos energia que em ocasiões anteriores devido à digressão para apresentar o seu mais recente álbum, portou-se
à altura do acontecimento. A voz não falhou, a energia apesar de menor, esteve lá e a interacção
com o público também. David Bryan dominou o “teclado” arrancando uma ovação do
público e Tico “the hitman” Torres portou-se à altura, como seria de esperar.
Nada a apontar aí.
Nas canções houve um “mix” de
êxitos recentes com os grandes clássicos que todos conhecemos. Claro que a
ligação com o público foi mais forte durante esses clássicos, puxando as vozes de todos ao limite (incluindo a minha), mas mesmo assim
as mais novas não deixaram ninguém indiferente. A banda até foi presenteada com
uma chuva de balões coloridos, cortesia dos fãs portugueses, durante a sua
actuação. A resposta de Jon foi, como não poderia deixar de ser, muito
positiva, mostrando-se agradado e surpreendido.
No fim, e após mais de duas horas
de música, o público esperava por mais alguns minutos de concerto, mas o
acender das luzes do recinto veio confirmar a triste realidade: game over.
Nota ainda para a banda de
suporte que fez a primeira parte. São portugueses, não sei o nome deles e nunca
ouvi nada do que tocaram. Portanto a minha pergunta para a organização é: Não
havia nomes nacionais mais “sonantes”? O que vale é que a multidão, embora não
gostando muito da prestação da banda-suporte, lá os aplaudiu e respondeu bem às
tentativas do vocalista de animar a malta.
Resumindo: Valeu a pena, foi mais
um bom concerto de uma grande banda e cá espero o seu regresso um dia destes.
Keep the faith, Lisbon
RMS
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