Corrida tecnológica


Sempre foi uma velha máxima no mundo da tecnologia que é impossível termos o equipamento mais avançado do mercado, pois o que hoje está no top, amanhã já é obsoleto.

O hardware e o software sempre tiveram um “tempo de vida útil”, uma “janela temporal”  em que podíamos dizer “durante uns tempos não tenho que me preocupar. Isto dá-me para alguns anos”.

Durante o tempo em que essa janela estava aberta, tínhamos oportunidade de explorar o produto tecnológico recém adquirido. Uma boa distância separava o “hoje” do “amanhã”.

No entanto, essa  janela tem seguido uma tendência que é a de ir fechando um bocado, mais um bocado, mais um… até chegar ao ponto onde estamos hoje.

“Senhores” da informática e electrónica… Eu sei que temos que evoluir, eu sei que os equipamentos e programas têm que, e devem, ser melhorados. Todos queremos algo mais rápido, mais potente e melhor. Mas podiam-nos deixar saborear a nossa tecnologia o suficiente para, ao menos, sabermos aproveitar como deve ser o que acabámos de comprar?

Compra-se hoje um telemóvel novo… daqui a uns meses sai o modelo seguinte. Ainda estamos a aprender a mexer nesse telemóvel… e já saiu uma outra versão do sistema operativo.

O tablet última geração que comprei hoje, já tem mais “n” funcionalidades novas no modelo seguinte… que está aí ao virar da esquina.

Os portáteis, assim que sai a última novidade, já se anuncia a próxima.

Não há orçamento que aguente, para quem quiser acompanhar o ritmo frenético da corrida tecnológica.

Basta ver quantos equipamentos recentes, usados, estão à venda para nos apercebermos que só com alguma ginástica financeira é que conseguimos manter-nos à tona.

Não digo para travarem um bocado, mas ao menos podiam de vez em quando levantar o pé do acelerador.

Isto já não é uma corrida. É um “sprint” constante.

RMS

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