Remakes, Prequelas, sequelas e reboots
Hoje em dia começa a ser complicado irmos ao cinema, e não vermos um “remake”, ou uma “sequela” ou “prequela” ou um “reboot”...
Ainda me lembro dos bons tempos em que se ia ao cinema ver... um filme. Uma história diferente, que ainda não tivéssemos visto antes, com personagens novos interpretados por actores versáteis (ok, uns mais que outros).
Agora temos toda esta terminologia usada no vocabulário corrente do mundo cinematográfico.
Claro que antes também existam as “sequelas”, e algumas “trilogias” (que têm uma filosofia diferente de uma "sequela"), mas não eram tão frequentes como hoje em dia. Agora, usam e abusam delas.
Hollywood parece ter definitivamente apostado no “seguro”, ou seja, filmes que à partida vão ter algum sucesso financeiro, isto de acordo com o comportamento das suas histórias antecessoras.
Personagens que inicialmente adorávamos ver, começam a ser um bocado repetitivas e cansativas.
A isto não deve ser alheio o elevado sucesso que as séries televisivas estão a ter. Não deve ser por acaso que muitos actores bem cotados no mundo do cinema, estão a passar para o “pequeno écran”. E bons actores precisam de boas histórias, e boas histórias fazem séries de sucesso, o que “puxa” também os argumentistas para esse mercado, deixando o cinema em “Stand by”.
Este ao invés de “combater” a tv com melhores argumentos para as suas produções, está a optar pela “revolução tecnológica”, agora com a terceira dimensão. Mas, na minha opinião, embora o 3D possa trazer alguma “mais valia” (o que não é costume acontecer) ao filme, parece-me que a indústria precisa é de uma “revolução” na base das histórias.
Portanto, senhores/as argumentistas do cinema... Vejam lá se começam a pensar em coisas novas, antes que a imagem publicada nesta crónica se torne realidade.
Fim de cena
RMS
P.S. A imagem diz respeito ao filme “Regresso ao Futuro” na célebre cena em que o personagem “Marty McFly” interpretada por Michael J. Fox, em 2015 vê um “trailer” 3D do filme “Tubarão 19” realizado por Max Spielberg. Faltam 4 anos para lá chegarmos, e até hoje o filme já teve algumas "previsões" certeiras. Esperemos que esta não seja mais uma.
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