Bryan Adams ainda acorda os vizinhos
É verdade, não parece mas já passaram 20 anos
desde o lançamento desse mítico álbum “Waking
up the neighbours” que contém super êxitos, tais como "Can't Stop This Thing We Started", "Thought
I'd Died and Gone to Heaven", "House
Arrest", "Do I Have to Say the Words?", "There
Will Never Be Another Tonight", "All I Want Is You"
e “O” maior êxito do Bryan até à data, se não estou em erro, "(Everything
I Do) I Do It for You", entre outros.
E a festa para comemorar este grande evento
fez-se ontem num esgotadíssimo Pavilhão Atlântico em Lisboa.
Durante duas horas e meia, Bryan foi imparável.
Tocou todos os êxitos, com especial ênfase no disco que foi o motivo para esta
digressão.
A empatia com o público foi logo imediata,
como não podia deixar de ser. Portugal trata-o sempre como “um dos nossos”.
Poder-se-á mesmo dizer que é o “Cantor canadiano mais português” que existe.
Esforçou-se (bem) por dizer algumas palavras na nossa língua e partilhou uma história da sua primeira actuação no nosso país,
quando disse ao promotor desse evento que um dia voltaria para um grande
concerto, ao que ele lhe respondeu com “sim Bryan... claro que vens...”. Onde
andará esse promotor agora? Seria interessante saber.
Todos sabiam as letras de cor de todas as músicas,
acompanhando-as sem falhas, especialmente nos clássicos “Straight from the
heart” ou “Heaven” que proporcionaram momentos realmente mágicos nessa noite, e
que perdurarão certamente na memória de quem lá esteve. Foi mesmo "arrepiante".
Outro momento original deu-se
quando toda a banda tocou com “instrumentos” improvisados, tendo-se destacado a
prestação do baterista ao fazer um “solo” usando objectos comuns de qualquer
cozinha, como frigideiras, baldes de plástico, travessas, etc...
Por falar em “solos”, mais uma
vez tivemos direito a alguns de guitarra que foram excelentes, especialmente em “It’s
only love”, "sem a Tina que não pôde vir", como foi referido.
Também tivemos direito a outro
espectáculo, com a participação de uma espectadora no palco, em dueto com o
Bryan, a fazer de “Melanie C” no super conhecido “When you’re gone”. Foi uma
excelente prestação da moça. Embora a voz não estivesse muito afinada, ela sabia a
letra de cor e foi bastante aplaudida.
Aplausos não faltaram em todas as músicas.
No final, a banda despediu-se
dos milhares de pessoas que encheram o pavilhão, deixando o artista principal sozinho
no palco com a sua guitarra, que nos brindou com mais umas canções extra
durante mais uns minutos. A energia de Bryan Adams parecia não esgotar. Nem parece ser um "cinquentão".
Mas infelizmente, tudo o que é
bom tem que acabar e lá foi cantada a última música.
Foi mais um concerto de Bryan
Adams no nosso país, e foi excelente. Soube a pouco, claro, por isso ficamos a aguardar pela próxima
actuação.
Faltaram algumas canções, como não podia deixar de ser. Não dá para tocar tudo. Pessoalmente gostaria de ter ouvido "Christmas Time", por exemplo, já que se adequaria bem à época em que estamos.
E senhores promotores do próximo concerto, não tenham receio de colocá-lo
num espaço maior, porque há certamente público suficiente para encher qualquer
recinto. Não tenho dúvidas que se pudesse ter mais um dia no Pavilhão, este esgotaria de novo.
RMS
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