A dívida... para com o espectador
Depois de ver o filme “A dívida”,
a primeira conclusão que cheguei foi que o cartaz de promoção que se encontra
nos cinemas está errado porque, ao contrário do que é habitual, a actriz
principal da história aparece muito pouco, ao passo que a personagem que ela interpreta
aparece muito.
Pode parecer confuso, mas o facto
é que um dos trunfos na promoção usada para chamar espectadores a ver este
filme é o de ter entre outros, a actriz Helen Mirren que certamente conhecerão
de vários outros títulos como por exemplo “A Raínha”, interpretando a
personagem “Rachel Singer”. Só isso já atrai muitos espectadores, certamente.
Mas o que se passa é que
rapidamente a história que começa no ano de 1997, recua uns bons anos até
vermos uma jovem “Rachel” de 1965, ser interpretada pela actriz “Jessica
Chastain”, conhecida por ter protagonizado... alguns filmes e séries num “escalão”
diferente da sua “versão mais velha”.
Como espectador, senti-me um
bocado defraudado nesse aspecto, pois fui levado a ver Helen Mirren...em
algumas (poucas) partes do filme.
Verdade seja dita, a sua jovem
versão está tão bem caracterizada que conseguimos facilmente imaginar que ela
seria realmente assim, fisicamente, quando era mais nova.
Detalhes técnicos à parte, a história
está muito boa, tendo como base um trio de jovens agentes secretos cuja missão é capturar um criminoso de guerra,
nazi.
O que eles não sabiam na altura é
que essa aventura iria mais tarde ter repercussões no futuro de todos, já que
passados alguns anos o passado volta a atormentar os nossos heróis.
Embora não sendo um filme “carregado
de acção” e até tendo alguns momentos com menos ritmo, a história consegue-nos
prender a atenção, tem uma boa componente de aventura e espionagem e mesmo uma
curta participação de Helen Mirren é bem melhor que longas participações de
muitas outras actrizes. Ela consegue dar outra “credibilidade” e “peso” ao seu
personagem.
Resumindo e baralhando... Vale a
pena verem se gostam deste género de história, mesmo tendo pouca “pouca Helen e
muita Jessica”.
RMS
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