Contagiante


Ao ver o filme “Contágio”, não podemos deixar de encontrar algumas semelhanças com uma famosa “gripe” que andou aí há uns tempos tão falada nos nossos meios de comunicação social, e também neste “blog”. Não é à toa que a “H1N1” é mencionada várias vezes.

É uma típica história da “praga que vai dizimando a humanidade até alguém encontrar a cura”. Juntou-se um grande grupo de actores e actrizes que vemos habitualmente em papéis principais noutras produções, que ajudam a trazer algum “peso” e credibilidade à acção.

Em relação ao argumento, rapidamente veio-me à lembrança o filme “Fora de Controlo” de 1995 com o Dustin Hoffman, entre outros. Existem muitas semelhanças como não podia deixar de ser.

Mas ao contrário desse filme em que vemos o personagem “Jimbo Scott” (interpretado por “Patrick Dempsey”) como o causador de todas as desgraças, aqui não sabemos quem é o “paciente zero”, nem como começou o “dia 1” desta doença. Tudo começa no segundo dia e vai-se desenrolando pelos dias seguintes enquanto todos tentam travar a progressão desta praga e vão-nos sendo reveladas algumas pistas que irão ajudar os personagens a chegar ao início.

No meio disto tudo temos populações em alvoroço, que o exército tenta controlar, que não têm qualquer problema em pilhar farmácias, lojas, supermercados e até mesmo casas particulares, na esperança de encontrar algo que os possa salvar do destino final. Instala-se o caos num mundo que até aí era normal.

Não será certamente uma produção apropriada para hipocondríacos que deverão sentir uma série de sintomas assim que virem o filme. O realismo do argumento irá também certamente fazer cada espectador voltar a adoptar alguns comportamentos de higiene que talvez já não use com tanta frequência desde que a referida gripe assolou os nossos telejornais.

Temos vários personagens-tipo, desde o médico que quer por todos os meios encontrar uma vacina, até ao “jornalista / blogger” com teorias de conspiração acerca do governo e farmacêuticas,  passando pelos investigadores no terreno e terminando... na vítimas, claro está.

Resumidamente gostei do filme, tem uma base sólida, credível, embora um bocadinho mais de ritmo não lhe fizesse mal.

Dito isto...com licença, que vou lavar as mãos.

RMS

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