Critica cinematográfica: Entre Inimigos


Uma vez mais, temos direito a outra "brilhante" tradução cinematográfica, inglês - Português (?)

O filme que está nas nossas salas de cinema, "The Departed" ("Os falecidos" ou "os defuntos"), transforma-se em "entre inimigos" depois de convertido para português.

Será que é por causa de situações como esta, que o nosso "primeiro" quer a toda a força incentivar o inglês nas escolas? Tem desde já o meu voto, se isso melhorar as traduções.

Em relação à obra propriamente dita, desde já algumas anotações:

1 - Demasiado tempo (152 min) - Porque é que ultimamente um "grande filme" tem que ser um "filme grande"? (E diziam mal do Kevin Costner, com as suas longaaaasss metragens. O homem era um visionário, isso sim).

2 - Demasiado sangue (?) - Não é que seja chocante num filme, ainda para mais com uma história de mafiosos, mas também não é preciso "cena sim, cena sim" meter uns litros de sangue na história.

3 - Bom naipe de "estrelas", cada um desempenhando bem o seu papel (mas nada de nível "óscar"). Jack Nicholson em boa forma, sem impressionar. Martin Sheen (visivelmente envelhecido) também se porta bem.

4 - História com boas "bases" (Não me vou alongar neste aspecto para não estragar o filme).

Aproveitando esta critica de cinema, quero comentar um ponto que me parece importante nas salas de cinema, a um nivel global, e muitas vezes ignorado: O som dos filmes...

Não é muito frequente ter um filme com bom som. Não é que seja muito "purista" neste aspecto, mas quando um filme tem uma qualidade de som inferior à nossa sala de estar, algo está mal.

Quantas vezes já não assisti a um filme em que mal se ouvia o som, ou então só se ouvia os diálogos ficando todo o "ruído de fundo" quase inaudível? Bastantes, infelizmente...

Mas o oposto também não é sinónimo de boa qualidade sonora. Quando é que os proprietários da sala vão entender que um filme para ter bom som, não precisa de nos rebentar os tímpanos? (Como foi o caso deste filme). Apenas precisa de ser "envolvente", e estar no bom nivel (nem muito baixo, nem muito alto).

E já agora mais um reparo para uma situação que acontece com alguma frequência: Quando puserem o filme em "play", não o ponham logo em modo automático sem antes ver se está a ser visionado em boas condições.

E para finalizar, para quando a "revolução digital" nas salas de cinema? Acho que já chega de riscos nos filmes.

Os espectadores (que pagam, e bem) agradecem... Depois não se queixem da "crise no cinema".

RMS

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